VEGETAÇÃO, MORFOLOGIA URBANA E TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE EM UMA CIDADE DE MÉDIO PORTE

Nome: LUCAS FREITAS PESSIM

Data de publicação: 24/06/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CRISTINA ENGEL DE ALVAREZ Examinador Interno
DANIELLA DO AMARAL MELLO BONATTO Presidente
DENISE HELENA SILVA DUARTE Examinador Externo

Resumo: A urbanização tem ocasionado mudanças significativas no clima urbano, evidenciando
a importância dos estudos em climatologia urbana para compreender os impactos das
atividades humanas nas cidades. A emergência climática intensifica ainda mais esses
efeitos, tornando crucial a análise da interação entre a urbanização e o clima. Nesse
contexto, esta pesquisa propõe-se a analisar a correlação entre os dados de morfologia
urbana obtidos pelo LCZ Generator, de índice de vegetação por diferença normalizada
(NDVI) e de temperatura de superfície do sensor MODIS na cidade de Colatina-ES. A
metodologia adotada envolveu uma revisão de literatura para embasar teoricamente a
pesquisa, seguida da utilização de técnicas de georreferenciamento e sensoriamento
remoto para aquisição, tratamento e processamento dos dados. O LCZ Generator foi
empregado para conceber o mapeamento da morfologia urbana através das Local
Climates Zones (LCZ). Além disso, dados abertos foram adquiridos e manipulados no
software QGIS para análise espacial. Os principais resultados revelaram uma baixa
correlação entre as variáveis de pesquisa – LCZs, Índice de Vegetação por Diferença
Normalizada (NDVI) e temperatura de superfície diurna e noturna (LST) - conforme
evidenciado pelos gráficos de dispersão e pelos coeficientes de Pearson e de
determinação. Observou-se que as classes urbanas das LCZs apresentaram
temperaturas de superfície mais amenas do que as classes rurais, influenciadas
principalmente pela presença do rio Doce e pelo sombreamento dos edifícios. Por outro
lado, as classes rurais revelaram temperaturas de superfície mais elevadas,
especialmente em áreas de pastagens, indicando um aquecimento superior em relação
à área urbanizada. Foram identificados desafios relacionados à resolução espacial do
sensor MODIS em cidades como Colatina, com manchas urbanas dispersas e
fragmentadas. Além do exposto, verificou-se que áreas de caráter urbano e rural se
encontravam em um mesmo pixel ocultando a heterogeneidade climática da região,
apontando para a necessidade de abordagens mais refinadas ou o emprego de
sensores com maior resolução espacial para estudos futuros. Desse modo, este estudo
demonstra a importância da análise da correlação entre morfologia urbana, vegetação
e LST para a compreensão da dinâmica climática em cidades de médio porte.

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