USO DE FONTES ALTERNATIVAS DE ÁGUA NÃO
POTÁVEL EM EDIFICAÇÕES MULTIFAMILIARES DE
VITÓRIA, VILA VELHA E SERRA: POR QUE NÃO?
Nome: CARLA CORDEIRO GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/10/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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CRISTINA ENGEL DE ALVAREZ | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CRISTINA ENGEL DE ALVAREZ | Orientador |
DIOGO COSTA BUARQUE | Examinador Externo |
PAULO SERGIO DE PAULA VARGAS | Examinador Externo |
RICARDO FRANCI GONÇALVES | Coorientador |
Resumo: Nos meses de setembro e outubro de 2016, as reservas de abastecimento de água potável da Região
Metropolitana da Grande Vitória não foram suficientes para atender plenamente à população, devido à
estiagem. Sendo assim, pela primeira vez na história da capital, foi necessário fazer racionamento de
água por rodízio de fornecimento (CESAN, 2016). Em função do exposto, verifica-se uma crescente
preocupação com a sustentabilidade no setor da construção civil e a tendência na busca pela
adequação ao cenário da crise hídrica, com o intuito de minimizar seus impactos na rede urbana
(PROENÇA, GHISI et al., 2011). Em vista da necessidade da tomada de ações sustentáveis, a questão
que problematiza esta pesquisa é: Por que as novas construções de edifícios multifamiliares não
adotam instalações prediais para o uso de fontes alternativas de água não potável? Em resposta ao
questionamento motivador da presente pesquisa, foi levantada a seguinte hipótese: novos edifícios
multifamiliares não são concebidos com instalações prediais para o uso de fontes alternativas de água
não potável, devido a entraves de fatores técnico, financeiro, legal, político, ambiental e cultural. A fim
de constatar a veracidade da hipótese levantada, esta pesquisa tem como objetivo: identificar as razões
da não adoção de instalações prediais para uso de fontes alternativas de água não potável em novos
edifícios multifamiliares dos municípios de Vitória, Vila Velha e Serra. Para a concretização e
complementação do objetivo proposto, foram definidos dois objetivos específicos: 1) segundo a
percepção das partes envolvidas na construção civil, reconhecer quais são os entraves no que diz
respeito à adoção das instalações prediais, para uso de fontes alternativas de água não potável em
edifícios multifamiliares de Vitória, Vila Velha e Serra; 2) avaliar a viabilidade técnica e econômica das
instalações prediais de fontes alternativas de água não potável, na construção de edificações
multifamiliares de Vitória, Vila Velha e Serra. A pesquisa foi delimitada em três etapas, que
corresponderam às ações para o cumprimento dos objetivos específicos. A partir de avaliação
qualitativa das respostas obtidas na aplicação dos questionários, na etapa 1, foram reconhecidos como
entraves os levantados pela hipótese desta pesquisa. Na etapa 2 a exploração do modelo físico pelos
ensaios projetuais das opções A, B, C e D permitiu a conclusão da avaliação de viabilidade técnica da
aplicação das instalações prediais para uso de fontes alternativas de água não potável. Diante da
comparação dos dados de custos entre as opções dos sistemas das instalações prediais A, B, C e D,
na etapa 3 foi possível avaliar razões para a adoção ou não dos sistemas de instalações prediais para
uso de fontes alternativas de água não potável, relacionadas a fator financeiro.
Palavras-chave: fontes alternativas de água não potável, reuso de água cinza, aproveitamento de água
de chuva, aproveitamento de água de condensado.