PELO DIREITO DE QUALQUER UM FAZER CIDADE: CONSTRUÇÃO SUBJETIVA DOS ESPAÇOS URBANOS
Nome: BRUNO BOWEN VILAS NOVAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/09/2015
Orientador:
Nome | Papel |
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CLARA LUIZA MIRANDA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CLARA LUIZA MIRANDA | Orientador |
MARTHA MACHADO CAMPOS | Examinador Interno |
NATACHA SILVA ARAÚJO RENA | Examinador Externo |
Resumo: Este trabalho tem como foco investigar as teorias e práticas da produção urbana na cidade contemporânea aproximando-se das ações e das narrativas micropolíticas espacializadas como alternativas ou resistências, contrapondo-as ao modelo hegemônico macropolítico de produção da cidade. Compreendendo-as com constituintes da práxis do direito de qualquer um fazer cidade. Acompanham-se estes movimentos micropolíticos buscando abordar a diversidade e as narrativas do fazer cidade numa perspectiva de construção subjetiva do espaço urbano, segundo o entendimento de Guattari. Utiliza-se, para isso, a cartografia proposta por Deleuze e Guattari contraposta ao modelo hegemônico do capitalismo, que configura limites ao homogeneizar a produção da cidade a partir da tecnocracia, da ideologia financista neoliberal e da hegemonia star system. Busca-se incorporar e ampliar o conceito do direito a cidade para o de direito de qualquer um fazer cidade. O qualquer como parte potente que deseja e faz a cidade cotidianamente. Esta produção outra de fazer cidade não cabe na redução que lhe é conferida pela normatividade da política real, pela democracia representativa vigente. Não cabe também a invisibilidade a que são relegados os seus usuários e agentes minoritários ou menores. Dar visibilidade às narrativas micropolíticas de qualquer um fazer cidade faz-se necessário para que novos conhecimentos sobre estes movimentos possam ser produzidos e postos em face do campo da arquitetura e urbanismo. Sob esta ótica, o objetivo da pesquisa é desenvolver uma cartografia em busca das ações e das narrativas micropolíticas do grupo Célula EMAU e do Fórum Bem Maior, na cidade de Vitória, ES. Para isso, procuramos identificar nas experiências compartilhadas destes grupos práticas micropolíticas que colaborem para a (re)construção subjetiva do espaço urbano, em suas diversas escalas e dinâmicas sociais, geográficas, econômicas e culturais. Para que principalmente, possamos entender a produção do espaço urbano de forma ampliada, prevendo a participação de qualquer pessoa ou coletivo, sem extinguir ou colocar ao lado o papel do arquiteto, mas sim reposicionar o arquiteto-urbanista frente às narrativas e ações micropolíticas da produção de cidade contemporânea.
Palavras-chave: direito à cidade, espaço urbano, cartografia, arquitetura e urbanismo