Territórios da Mobilidade Urbana na Metrópole Portuária na Grande Vitória (ES): escalas, velocidades e conflitos.
Nome: PATRICIA STELZER DA CRUZ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/09/2010
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
MARTHA MACHADO CAMPOS | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
DENISE BARCELLOS PINHEIRO MACHADO | Examinador Externo |
MARTHA MACHADO CAMPOS | Orientador |
MILTON ESTEVES JUNIOR | Examinador Interno |
Resumo: Reconhecida a crise da mobilidade urbana no Brasil, interessa a este trabalho apresentar a interdependência entre o porto e a metrópole portuária da Grande Vitória, aquele como catalizador de investimentos em infraestrutura de transporte e esta como suporte às demandas
físicas e urbanas que atendam à população envolvida na atividade portuária. Novas formas de ocupação urbana estão associadas à conectividade territorial, que por sua vez está relacionada
à complexa relação entre velocidades e escalas interagentes nos territórios metropolitanos portuários. Por um lado, observa-se que a redução das velocidades nos eixos de escoamento de carga que cruzam áreas urbanas está entre as dificuldades enfrentadas pelas cadeias
logísticas. Por outro, o aumento das velocidades nos principais eixos viários urbanos, em função das necessidades do transporte de cargas traz transtornos para a circulação urbana, participando do processo de segregação e degradação espacial. Estes conflitos apresentam desdobramentos diretos na conformação urbana, seja na divisão das funções ou na ocupação e forma de uso dos espaços físicos que fazem parte dos territórios metropolitanos. Os espaços destinados ao processamento, movimentação e deslocamento das cargas portuárias
estão vinculados à dominância da lógica econômica do comércio exterior e das grandes empresas multinacionais e aos espaços de produção flexível, com autonomia da circulação. A partir desta constatação, este trabalho visa problematizar, no contexto da Grande Vitória, a questão sobre a infraestrutura de transporte portuário como promotora da integração dos transportes de cargas e de cadeias logísticas complexas e suas relações com a mobilidade urbanas e as dinâmicas metropolitanas emergentes.