A REESTRUTURAÇÃO URBANA EM TORNO DA RODOVIA LESTE-OESTE 471 ES: UMA NOVA CARIACICA, A QUEM ESTÁ DESTINADA?

Nome: ISABELA TEODORO PINHEIRO

Data de publicação: 01/03/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS TEIXEIRA DE CAMPOS JUNIOR Examinador Externo
CLARA LUIZA MIRANDA Presidente
LETÍCIA TABACHI SILVA Examinador Externo

Resumo: Aborda-se a reestruturação urbana em curso, no entorno da Rodovia Leste-Oeste que conecta
os municípios de Cariacica e Vila Velha na Região Metropolitana da Grande Vitória, no estado
do Espírito Santo. A rodovia foi proposta para estabelecer um novo eixo de desenvolvimento
socioeconômico e metropolitano, sendo iniciada em 2007 e finalizada e 2018. A realidade
pesquisada compreende os impactos socioambientais entre a rodovia, o loteamento privado
Parque Leste Oeste, o Hospital Geral de Cariacica e um bairro periférico, Jardim Campo Grande.
O processo de planejamento da rodovia Leste Oeste reuniu, concomitantemente, interesses do
estado; dos dois municípios envolvidos; da Companhia Docas do Espírito Santo – Codesa –, à
época um porto público, instalado em Vila Velha às margens da Baía de Vitória; dos portos secos
de Cariacica (região norte), situados na Rodovia do Contorno (BR 101); de sindicatos ligados
aos portuários e de agentes imobiliários. Neste contexto, enuncia-se uma “Nova Cariacica”, pois
se espera uma alavancagem no desenvolvimento do município, reforçando a sua posição como
polo logístico, pois o município sedia portos secos, e a sua aproximação da fronteira imobiliária
da orla de Vila Velha, no momento, a mais dinâmica da RMGV. Para compreendê-la, foi
elaborado um estudo sobre a evolução urbana da região sul do município, onde se situa o recorte
espacial, desde o período colonial (Século XVI) ao presente, observando as rupturas, mudanças
e continuidades. A abordagem contempla conceitos da teoria crítica como: reestruturação
urbana, escalonamento, reescalonamento e extrativismo urbano. Conforme a análise em
andamento, constata-se que a reestruturação urbana em curso, de padrão díspar em relação à
configuração socioambiental precária e periurbana preexistente, realiza a apropriação privada
de bens públicos e comuns, afins ao emprego de técnicas do extrativismo urbano.

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