ESPAÇOS Livres Públicos de Lazer: uma Análise
configuracional das Desigualdades no Acesso para Os
grupos de Renda e Raça de Juiz de Fora (mg)
Nome: BLENDA MAYRA VIANA DE ARAÚJO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/10/2021
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| DANIELLA DO AMARAL MELLO BONATTO | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| DANIELLA DO AMARAL MELLO BONATTO | Orientador |
| LUCIANA APARECIDA NETTO DE JESUS | Examinador Externo |
| MARIA DO CARMO DE LIMA BEZERRA | Examinador Externo |
| RENATO TIBIRIÇÁ DE SABOYA | Coorientador |
Resumo: Os espaços livres públicos de lazer são grandes promotores da sociabilidade e
diversidade na vida urbana. Seus benefícios se estendem para além da esfera
social, conseguindo impactar positivamente na qualidade ambiental das cidades
e na saúde física e mental de suas populações. No entanto, os espaços livres
públicos de lazer raramente são prioridade nos investimentos públicos. A
distribuição dos espaços e o consequente acesso, é diferenciado, revelando
grande prejuízo para a população no usufruto do lazer e da recreação em
espaços de domínio público. Nesta perspectiva, esta dissertação teve como
objetivo analisar a oferta e o nível de acesso aos espaços livres públicos de lazer
para os extratos de renda e raça da população do município de Juiz de Fora
(MG). É testada a hipótese de que em áreas que residem a média-alta renda há
maior oferta e consequente facilidade de acesso a espaços livres públicos de
lazer. A metodologia aplicada baseou-se nos espaços livres públicos de lazer
demarcados pelo Plano Diretor Participativo e Planta Cadastral do município de
Juiz de Fora, compreendendo análises espaciais quantitativas de oferta de
espaços (Índice de Áreas Verdes de Lazer IAVL e Estimativa de Densidade de
Kernel), bem como, análises sintáticas da configuração urbana por meio do uso
da Sintaxe Espacial, análises de correlação dados espaciais e sociais, e análises
de comparação entre regiões morfologicamente distintas da cidade. Os
resultados mostraram uma distribuição de espaços concentrada no centro da
cidade. O IAVL calculado apontou que a maior parte do território juiz-forano
apresenta índices menores que um metro quadrado de espaço livre público de
lazer por habitante. A oferta confrontada com a renda e raça não demonstrou
relações diretas. Contudo, as possibilidades de acesso aos espaços se
mostraram maiores onde o nível de renda se mostrou mais elevado e de
população majoritária branca, cujo padrão configuracional era mais integrado.
As áreas mais segregadas caracterizaram-se por uma população de renda
baixa, preta e parda onde o acesso aos espaços livres públicos de lazer
demonstrou-se mais dificultado.
