PATRIMONIALIZAÇÃO Social. a Comunidade Como Laboratório De
representação Identitária: Experimento em Alto Liberdade – Marilândia / Es

Nome: KAMILA DRAGO BONA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/04/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RENATA HERMANNY DE ALMEIDA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GISELE GIRARDI Examinador Externo
LATUSSA BIANCA LARANJA MONTEIRO Examinador Externo
RENATA HERMANNY DE ALMEIDA Orientador

Resumo: O trabalho tem como temática central a patrimonialização, a partir de seu
entendimento como um processo que promove a redefinição dos lugares culturais e
da natureza em escalas globais, e em que o objeto patrimonial (edifícios, lugares e
paisagens) abrange a dimensão social, tornando-se agente atrativo de valor, em
processos de desenvolvimento (continuidade) e redesenvolvimento (transformação)
urbano e territorial. O objeto de estudo, a comunidade de Alto Liberdade, município
de Marilândia, região norte do Estado do Espírito Santo, tem o início de seu
processo de ocupação entre as décadas de 1920 e 1930, realizado por
colonizadores italianos. O lugar, coberto por matas, dá lugar às plantações de café,
além do plantio de arroz, feijão, hortaliças, mandioca e outros, constituindo a base
de sobrevivência da população. Como à época de sua formação, a comunidade tem
sua economia estruturada na agricultura, complementada pela atividade pecuarista.
No plano social, neste período, de aproximadamente noventa anos, a comunidade

se estrutura e se enraíza em práticas socioculturais promovidas por agentes-
lideranças que, de geração em geração, sustentam uma dialética interação entre

continuidade e transformação do espaço da comunidade. Para Massey (2009), esse
processo, com existência de multiplicidades e não como um sistema fechado,
permite a abertura para o futuro. De outro modo, são os modelos socioculturais de
longa duração, de saberes e conhecimentos contextuais que permitem a
permanência de valores locais em Alto Liberdade, influenciando o relacionamento
intersocial e intercultural dos habitantes. Frente a essa problemática, o estudo
propõe investigar e estabelecer motores locais em prol de uma patrimonialização
social em Alto Liberdade. Para isso, adota um procedimento metodológico qualitativo
e empírico por meio de i) abordagem conceitual da temática central da investigação,
a patrimonialização, da noção de patrimônio territorial e da metodologia de
representação identitária; ii) realizar representação de valores de existência de Alto
Liberdade, com auxilio da ferramenta de geoprocessamento, o software QGIS,
segundo três sínteses: ambiental, territorial-paisagística e socioeconômica, no
âmbito técnico-científico e no âmbito social, por meio da aplicação de duas
atividades: mapa cognitivo - representação livre da compreensão pelo sujeito do seu
ambiente – e indagações com resposta no programa online e gratuito Google Earth
Pro, com o objetivo de representar valores patrimoniais sob a ótica do habitante; iii)

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estabelecer motores locais de patrimonialização, a partir do reconhecimento dos
valores patrimoniais sob a ótica do habitante do lugar. Como resultado, apresenta os
motores locais em favor da patrimonialização autossustentável dos lugares, tendo
Alto Liberdade como território laboratório, interpretando e confirmando o caráter
integrador das manifestações constituídas no passado, praticadas por seus
moradores, como ativos na elaboração do presente e com projeções para o futuro
do lugar e de seus habitantes.

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