REPRESENTAÇÃO Patrimonial para o Planejamento Territorialista:
narrativas Histórico-estrutural e Morfotipológica para um Conhecer
territorial Profundo – Ensaio Metodológico em Anchieta/es

Nome: BEATRIZ MOURÃO BARCELOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 13/12/2021
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
RENATA HERMANNY DE ALMEIDA Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
RENATA HERMANNY DE ALMEIDA Orientador
MILTON ESTEVES JUNIOR Examinador Interno
LATUSSA BIANCA LARANJA MONTEIRO Examinador Externo

Resumo: O conceito de patrimônio territorial amplia o que tradicionalmente se entende com o termo
patrimônio e altera a própria natureza do objeto patrimonial e das ações de preservação. A
Escola Territorialista Italiana entende o território como um processo de coevolução entre os
assentamentos humanos e o meio ambiente. O território não existe, pois, aquém da relação
sociedade-natureza. Enquanto produto histórico e identitário de ações territorializantes,
mediação entre natureza e cultura, o território testemunha a contínua transformação do
ambiente em obra e, por isso, pode ser considerado patrimônio. Ao assumir o território como
processo-produto da interação do homem com o meio, entende-se, portanto, que o mesmo
possui características informacionais que podem ser apreendidas através da leitura, da
representação e da interpretação. Pretende-se, então, explorar esse potencial por meio da
estruturação de um sistema que permita retratar o território a partir da compreensão de seus
valores territoriais e ambientais, visando produzir conhecimento territorial profundo capaz de
impulsionar um novo ciclo de territorialização baseado em atos territorializantes que subsidiem
o desenvolvimento sustentável. Adota-se como objeto empírico Anchieta, município do litoral
sul do Espírito Santo. A pesquisa centra-se no estudo do processo histórico de territorialização
e de seus arranjos espaciais, como forma de revelar as linhas de força que atravessam os
sucessivos ciclos de sedimentação antrópica e chegam ao presente como invariâncias
estruturais. O problema é abordado qualitativamente sob dois enfoques principais: um
histórico-estrutural e outro morfotipológico. No primeiro, investiga-se a sedimentação do
território em sua longa duração, identificando as principais fases de estabilidade e ruptura no
processo histórico de sua formação. No segundo, analisa-se as configurações espaciais
resultantes dos processos de territorialização. A representação das características identitárias
reconhecidas no cruzamento dessas abordagens metodológicas aponta para os atributos do
lugar como recursos potenciais a serem ativados para o desenvolvimento local, alinhado com
os ideais de preservação patrimonial, prosperidade econômica, defesa da função sociocultural
e garantia ao acesso democrático ao território. Esta representação integra múltiplos recursos,
com destaque para o emprego de ferramentas geoinformacionais, capazes de evidenciar
informações complexas sobre o território, revelando seus valores patrimoniais e sua
identidade durável. Como resultado, identificam-se os conjuntos de traços específicos que
constituem as figuras territoriais e os elementos permanentes, persistentes e perdidos da
estrutura territorial, aventando sua importância e possível contribuição para o planejamento a
partir de perspectivas mais sustentáveis.

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