Multicentralidade e Policentralidade Intraurbana na Grande Vitória

Nome: BRUNO CASOTTI LOUZADA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/04/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLARA LUIZA MIRANDA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARTHUR MAGON WHITACKER Examinador Externo
CLARA LUIZA MIRANDA Orientador
ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA Examinador Interno

Resumo: O objetivo principal desta pesquisa é identificar e qualificar as centralidades
metropolitanas no espaço intraurbano da Região Metropolitana da Grande Vitória
(RMGV) de modo a entender a natureza do processo de descentralização da sua área
conurbada a partir da configuração atual das suas áreas centrais estabelecidas e em
formação. Para isso, recorre à teoria do Desenvolvimento Desigual no intuito de
explicar os processos de diferenciação espacial que geram centralidade urbana na
cidade capitalista. O trabalho apresenta uma revisão de literatura sobre o conceito de
centralidade urbana para identificar as características que diferenciam a cidade
monocêntrica, a multicêntrica e a policêntrica. Para identificar as áreas centrais e as
expressões de centralidade, a pesquisa utiliza-se de quatro abordagens. Primeiro, o
processo de descentralização espacial da Grande Vitória é analisado a partir de
documentos de planejamento metropolitano e da caracterização das áreas centrais
consolidadas e de novas expressões de centralidade resultantes do contexto de
reestruturação da aglomeração urbana. Posteriormente, identificam-se potenciais
centralidades e as alterações morfológicas provocadas pela construção da Terceira
Ponte a partir da análise da configuração espacial com a teoria da Sintaxe Espacial.
Em seguida, a partir dos deslocamentos intraurbanos de pessoas, com dados da
pesquisa de origem e destino, analisam-se as múltiplas expressões de centralidade
que ocorrem na Grande Vitória. Por fim, identificam-se as áreas centrais a partir da
concentração de estabelecimentos de comércio e de serviços, com dados da RAIS. A
pesquisa mostra que, apesar de o planejamento metropolitano, desde os anos 1970,
propor a consolidação de uma cidade polinucleada, a constituição policêntrica recente
da Grande Vitória está associada à construção de grandes superfícies de comércio e
de serviços, como parte de um processo de reestruturação urbana e da cidade
produzido como fronteira para a acumulação capitalista. A implantação de grandes
empreendimentos imobiliários complexifica a estrutura da cidade, gera relações de
complementaridade e concorrência entre os centros intraurbanos, e engendra
processos de segregação e de fragmentação socioespaciais.

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