DESVELAR o Urbano
o Centro de Vitória-es e o Ensaio de uma Experiência Fenomenológica

Nome: VINICIUS GALVÃO RAMOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/05/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARTHA MACHADO CAMPOS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDUARDO JOSÉ MARANDOLA JUNIOR Orientador
GISELE GIRARDI Examinador Externo
MARTHA MACHADO CAMPOS Orientador
MILTON ESTEVES JUNIOR Examinador Interno

Resumo: A sociedade ocidental se desenvolveu sob a preponderância do pensamento racional
e objetivo desde a Idade Moderna. Aliado aos avanços científicos e tecnológicos que
se sucederam, a objetividade tem sido aplicada dominantemente em distintas áreas
do conhecimento. No século XX, o campo da arquitetura e do urbanismo se alinha ao
Movimento Moderno na exploração de técnicas e materiais na reconstrução de
cidades europeias no segundo pós-Guerra. O discurso homogêneo da cidade
moderna pressupôs a inovação de tipologias edilícias e a ascensão de intervenções
rodoviárias no espaço urbano. No limite, a cidade moderna está pautada no conceito
universal da cidade submetida ao zoneamento racionalista, cujo uso do solo urbano
deve ser separado por funções. A replicação banalizada dos princípios modernos
culminou na situação extrema de espaços citadinos fragmentados e corpos humanos
passivos. Esses pensamentos foram e, ainda são, mesmo que revisados, paradigmas
e práticas no campo profissional do arquiteto urbanista. Em Vitória (ES), o processo
de modernização da cidade iniciado no final do século XIX e intensificado no século
XX, impactou especialmente o Centro, gerando a reestruturação urbanística da área
e a expansão das atividades portuárias. Os aterros expressaram, ao longo do século
passado, um significativo aumento de área edificável, impulsionou a verticalização dos
imóveis e a abertura de novas vias, acompanhando o modelo urbanístico de grandes
cidades europeias e latino-americanas. Nota-se no meio acadêmico uma predileção
pelo conhecimento objetivo, que visa instrumentalizar métodos e validar resultados.
Este trabalho considera restrito preconizar a imparcialidade do pesquisador diante do
objeto estudado e adotar a apreensão da realidade mediante a dicotomia objetividadesubjetividade. Ressalta a subjetividade como contraponto necessário ao racionalismo
e recorre a atitude fenomenológica como um método para revalidar a subjetividade na
ciência. Ensaia uma abordagem fenomenológica no Centro de Vitória, em experiência
intersubjetiva do pesquisador imerso no cotidiano do bairro, com intuito de desvelar
novas questões relativas à leitura do espaço urbano. Resulta numa narrativa em
primeira pessoa, descrevendo a trajetória do pesquisador e a questão mobilizadora
deste estudo: o que o Centro pode lhe dizer subjetivamente, que não tenha dito antes
sob um olhar técnico?

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